Um jeans com uma etiqueta de grife famosa parece mais bonito do que um rigorosamente igual sem aquela marca? Com o vinho isso pode acontecer, segundo pesquisadores australianos. Eles fizeram o seguinte: serviram três brancos, em duas sessões de degustação para 126 pessoas – importante notar que todas gostavam e bebiam vinho regularmente. Na primeira degustação, às cegas, foram servidos um riesling, um chardonnay e um sauvignon blanc, pedindo-se que fizessem anotações sobre eles.
Na segunda degustação uma semana após e com os mesmos vinhos (sem que as pessoas soubessem disso), os pesquisadores fizeram uma pequena descrição de cada um e forneceram detalhes sobre a vinícola produtora. Resultado: os participantes gostaram mais dos vinhos dessa segunda degustação e se disseram dispostos a pagar mais 21% pelo sauvignon blanc, 29% a mais pelo riesling e 37% pelo chardonnay. E, no entanto, eram os mesmos vinhos da primeira degustação.
Conclusão, segundo os pesquisadores: a descrição e informações básicas sobre o vinho bebido “aumentaram consideravelmente a apreciação, a vontade de pagar mais por ele e suscitaram mais emoções positivas intensas e menos emoções negativas intensas em comparação com a degustação às cegas”. E você, concorda?
Fonte
“I like the sound of that!” Wine descriptions influence consumers’ expectations, liking, emotions and willingness to pay for Australian white wines. Lukas Dannera, Trent E. Johnsona, Renata Ristica, Herbert L. Meiselmanc, Susan E.P. Bastian. School of Agriculture, Food and Wine, Waite Research Institute, The University of Adelaide.