São 25 bilhões de litros de vinho produzidos por ano no mundo, algo como 150 bilhões de taças entornadas por nós, viventes, segundo dados da Organisation International de la Vigne et du Vin (OIV) relativos a 2016. Estes são números que estarão sendo discutidos, entre muitos outros assuntos, no MUST – Fermenting Ideas, seminário que será realizado entre os próximos dias 7 e 9 de junho em Cascais, Portugal, com a presença de importantes nomes da vitivinicultura mundial.
Os Estados Unidos estão na frente em número de garrafas esvaziadas, com 31,8 milhões de hectolitros (1 hl: 100 litros), seguidos pela França (27), Itália (22,5), Alemanha (19,5) e China (17,3). Com seus 836 habitantes, o Vaticano lidera o ranking de consumo, com 54,26 litros por pessoa/ano. Essa conta é do California Wine Institute, supondo que isso se deve ao alto número de missas realizadas por lá. Mas a ingestão de vinho na Santa Sé já foi bem maior, de 78,8 litros em 2009, sugerindo menos missas ou maior austeridade do papa Francisco.
Excetuando-se essa curiosidade, a escolha do local de realização do seminário parece celebrar o fato de que, ainda segundo a OIV, Portugal está liderando o consumo per capita entre os maiores países, com 54 litros por pessoa/ano, seguido pela França (51,8 litros) e Itália (41,5). O Brasil continua estacionado nos 2 litros, embora se considere que o consumo nas regiões Sul e Sudeste chegue aos 8 litros. Na América do Sul, a Argentina do papa lidera, com 31,6 litros por pessoa/ano, em sexto lugar no ranking mundial.
Se você estiver na terrinha querida ou for lá nessa época, ainda dá para fazer inscrição para a maratona de debates e palestras no Centro de Congressos do Estoril, abordando a produção, consumo, enoturismo, o crescimento das vendas online, variedades de uvas, cursos, influência atual da Ásia etc, ao preço de 720 euros por pessoa para os três dias. MUST – Fermenting Ideas