O novo restaurante Joy, no clima da Provence

FOUQUET'S BARRIERE Paris

A poucos passos da hiper movimentada Champs Elysées, mosaico étnico universal de Paris, o novo restaurante Joy é um oásis com seu jardim à coté das mesas e também no salão com biblioteca, dentro do hotel Barrière le Fouquet’s. Nesse verão e até 16 de setembro, o jardim tem ares provençais sugerindo campos de lavanda e de girassol com assinatura de Jacques Garcia, decorador que assinou a reforma do estabelecimento na elegante Avenue George V.

Desde maio, quando foi reinaugurado, se tornou um endereço super concorrido para o café da manhã, almoço, brunch do domingo, coquetel no final da tarde ou jantar, com criações dos chefs Bruno Guéret e Raymond Nordin e pâtisserie a cargo de Benjamin Roy. Os menus navegam pelo Mediterrâneo e outros portos culinários, trazendo à mesa entradas como a salada de king crabe com vagem e avocado temperado à mesa como um guacamole, o tomate com burrata ou a salada de lagosta com cenoura (foto 1).

Salada de lagostaMil-folhas com framboesa0001.Aerial View Fouquet´s

Entre os pratos, o filé de peixe (Saint-Pierre) com espinafre, alcachofra e gnocchi, o camarão ao molho de curry doce, o filé mignon de Black Angus Bio com batatas e sauce diable (à base de vinho, ervas e tomate) e o peito de volaille noire (raça francesa antiga de frango) com pistache, trufas, morilles e pasta zita, tipo de macarrão longo italiano. Sobremesa com técnica e delicadeza: mil-folhas ao sabor de baunilha, framboesa e amêndoas frescas (foto do meio).

Mas não só o restaurante pressupõe uma ilha de tranquilidade naquele ponto efervescente de Paris – o próprio hotel, com seus quartos e suítes voltados para o jardim interno ou com vistas para a Champs Elysées e a George V (foto 3), garante uma estadia de alto conforto e perfeitamente silenciosa.

E em julho o grupo Barrière reabriu a famosa Brasserie Fouquet’s, desde 1899 na esquina das duas clássicas avenidas. Mais parisiense impossível, com seu toldo vermelho sobre as mesas na calçada e o interior repleto de fotos de artistas de cinema.

 

Le Squer no Le Cinq: a conquista das estrelas

Le Cinq - timbale de homard

A estratégia deu certo: o grupo hoteleiro de luxo Four Seasons não se conformava em ver, ano após ano, seu melhor restaurante no fabuloso Georges V de Paris, o Le Cinq, patinar nas duas estrelas do Michelin, o incontestável guia que diz quem é quem nas altas esferas da gastronomia francesa. Após contratar o discreto chef Christian Le Squer em outubro de 2014, o restaurante chegou ao cume das 3 estrelas no guia lançado agora em fevereiro.

Missão cumprida para este bretão que sonhava ser marinheiro, preferiu forno e fogão e trouxe para eles a magia ao trabalhar peixes e frutos do mar de sua terra natal. É verdade que já chegou ao Le Cinq com a fama das 3 estrelas no Pavillon Ledoyen, seu restaurante anterior, mas vencer a resistência do conservador Michelin, que costuma esperar alguns anos para referendar trocas de chefs, foi uma proeza.

Um leitor do Michelin escreveu: “O chef Christian Le Squer é um criador de aromas e um maravilhoso compositor de sabores. O restaurante Le Cinq merece seguramente essa terceira estrela para se alçar ao panteão da gastronomia francesa”. O homard (lagosta da Bretanha) com spaghetti trufado em “timbale” (enformado) que o chef faz confirma a impressão. E a foto acima ratifica.

Le Cinq se notabiliza também por sua inacreditável carta de vinhos assinada por Éric Beaumard e suas mais de 50 mil garrafas na adega. Os menus degustação vão de 145 a 310 euros por pessoa.

Le Cinq